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  • Veículo-robô Curiosity fez as análises mais detalhadas da atual composição do ar marciano
  • Comparações com amostras em meteoritos que caíram na Terra sugerem que atmosfera do planeta já foi mais rica a espessa



Autorretrato do Curiosity na superfície de Marte: atmosfera do planeta é praticamente a mesma há 4 bilhões de anos
Foto: Nasa
Autorretrato do Curiosity na superfície de Marte: atmosfera do planeta é praticamente a mesma há 4 bilhões de anos Nasa
RIO – Prestes a completar um ano na superfície de Marte, o veículo-robô Curiosity, da Nasa, fez as análises mais detalhadas até agora da composição do ar do planeta. Os dados sugerem que Marte perdeu sua atmosfera original há cerca de 4 bilhões de anos, pouco depois de ter se formado, e que ela era muita mais rica e espessa do que a atual.
De acordo com o levantamento feito pelo conjunto de instrumentos SAM (sigla em inglês para “análise de amostras em Marte”), a atmosfera do planeta vermelha é composta predominantemente de dióxido de carbono, com pequenos traços de nitrogênio (1,89%) e argônio (1,93%). Juntos, estes gases respondem por mais de 99% do ar marciano.
Os instrumentos, no entanto, também mediram a abundância de diferentes isótopos de carbono e oxigênio nos gases marcianos. Como o carbono mais comum tem seis prótons e seis nêutrons, com peso atômico total 12, ele é mais leve que o isótopo carbono 13, com um nêutron a mais. A análise do Curiosity revelou que o dióxido de carbono da atmosfera de Marte é relativamente rico no isótopo mais pesado, assim como do de oxigênio mais pesado.
Ambos dados, quando comparados à abundância relativa deles no Sistema Solar, indicam que não só Marte perdeu boa parte de sua atmosfera original muito cedo como a maneira como esta perda se deu. Como o gás mais leve é mais facilmente “carregado” pelo vento solar e outros fenômenos astrofísicos, os cientistas acreditam que a atmosfera marciana foi dissipada de cima para baixo, e não pela absorção em interações com sua superfície.
- Enquanto a atmosfera era perdida, a assinatura deste processo ficou gravada nesta proporção de isótopos – explicou Paul Mahaffy, cientista do Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa, e principal autor de um dos dois artigos sobre as análises do Curiosity publicados na edição desta semana da revista “Science”.
Além disso, comparação dos achados do Curiosity com amostras da atmosfera de Marte presas em meteoritos que caíram na Terra mostram que a composição de ambos é praticamente a mesma. Como estes meteoritos foram datados em cerca de 4 bilhões de anos de idade, os cientistas acreditam que pelo menos desde essa época Marte já não contava com sua atmosfera original
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                       Fonte:  photo oglobo-1_zps26202a53.jpg      Edição do dia 21/07/2013






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