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Fernando Cury é citado em grampo telefônico como aliado do lobista Marcel Ferreira Júlio

Deputado estadual Fernando Cury, do PPS, é citado em relatório da Polícia Civil que investiga esquema de propinas e fraudes da merenda escolar em escolas do interior de São Paulo
Deputado estadual Fernando Cury, do PPS, é citado em relatório da Polícia Civil que investiga esquema de propinas e fraudes da merenda escolar em escolas do interior de São Paulo(Divulgação/Facebook/VEJA)
Relatório da Operação Alba Branca, que apura um esquema de fraude na compra de alimentos de merenda escolar por prefeituras e pelo governo do Estado de São Paulo, liga o deputado estadual Fernando Cury, do PPS, à organização que fraudava licitações. Cury é citado em documento da Polícia Civil como aliado do lobista Marcel Ferreira Júlio, que está foragido.
O relatório resume a interceptação telefônica que flagrou Marcel falando com um interlocutor que a polícia chama de "Felix" ou "Péricles". O lobista caiu no grampo em 16 de dezembro de 2015, às 16h. Para os investigadores da Alba Branca, o diálogo indica que Marcel frequentava a sala do parlamentar no Palácio Nove de Julho, sede do Legislativo paulista, na Zona Sul da capital paulista.
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"Marcel conversa com interlocutor e pede para que ele o procure na Assembleia Legislativa, no gabinete do deputado Fernando Cury", diz trecho do relatório da Alba Branca. Em seguida, o documento cita César Augusto Lopes Bertholino, então diretor financeiro da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf), entidade apontada como carro-chefe da quadrilha que vendia produtos agrícolas superfaturados para a composição da merenda - pelo menos 22 prefeituras estão sob investigação da força-tarefa da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual.
O relatório policial afirma que Marcel e César estiveram na Secretaria da Agricultura do Estado, acompanhados do deputado do PPS. "Quando César e Marcel foram na Secretaria da Agricultura, o deputado Fernando Cury estava junto". Segundos as investigações, a organização também mirava em contratos da Secretaria da Educação do governo de Geraldo Alckmin (PSDB). O ex-chefe de gabinete da pasta Fernando Padula, quadro do PSDB, está sob investigação.
A Polícia Civil ressalta que Cury tem bastante proximidade com o lobista a ponto de fazer uso de seu telefone para fazer contato "com um vereador". Marcel teve prisão temporária decretada em janeiro, pela Justiça da Comarca de Bebedouro, na região de Ribeirão Preto, onde fica a sede da Coaf. Na sexta-feira passada a Procuradoria-Geral de Justiça requereu ao Tribunal de Justiça do Estado ordem de prisão preventiva contra Marcel, que permanece foragido. Conforme a Alba Branca, Marcel circulava com desenvoltura na Assembleia Legislativa, cujo presidente, deputado Fernando Capez (PSDB), é citado como suposto beneficiário do esquema de propinas da merenda escolar. O tucano nega taxativamente envolvimento com a organização.
A investigação já apontou elos do lobista com aliados de Capez, entre eles Jéter Rodrigues Pereira, que trabalhava para o parlamentar, em seu escritório político e na Assembleia. Outro ex-assessor do tucano, José Merivaldo dos Santos, foi flagrado em interceptação telefônica da operação no grampo cobrando "58" do lobista. Alba Branca investiga ainda Luiz Carlos Gutierrez, o Licá, assessor e cabo eleitoral de Capez.
A Procuradoria pediu a quebra do sigilo bancário e fiscal de Jéter, Merivaldo e Licá. Foi requerido ainda acesso aos computadores da Assembleia usados por aliados de Capez - alvo também de pedido de quebra dos seus sigilos bancário e fiscal.
Nesta quinta-feira, Cury classificou como "mentirosa" a informação de que ele teria atuado com lobistas da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf). "Não estive na Secretaria de Agricultura com essas pessoas. Não sou alvo de nenhuma investigação", afirmou o deputado estadual. Já a Secretaria de Agricultura e Abastecimento informa que "não há qualquer fundamento nas declarações dos representantes da Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) e que as ilações são descabidas e absolutamente irresponsáveis".
A pasta afirmou ainda que "todos os servidores citados na Operação Alba Branca, assim como os contratos de cooperativas agrícolas com a Secretaria da Educação dentro do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), são alvo de investigação da Corregedoria-Geral da Administração".
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(Com Estadão Conteúdo)

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