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Esquema Saneago pagou dívida de campanha do tucano Perillo, aponta Decantação


Presidente do PSDB em Goiás, Afrêni Gonçalves, preso nesta quarta-feira, 24, teria negociado R$ 1 milhão para a legenda com empresa que tem contratos com a companhia de Saneamento do Estado


Julia Affonso, Mateus Coutinho e Fausto Macedo


Marconi Perillo. Foto: Dida Sampaio/Estadão
Marconi Perillo. Foto: Dida Sampaio/Estadão

A Operação Decantação investiga se a campanha de Marconi Perillo (PSDB), em 2014, ao governo de Goiás recebeu recursos do esquema Saneago.
A Polícia Federal, o Ministério Público Federal e o Ministério da Transparência (ex-CGU) apuram desvios de R$ 4,5 milhões em recursos federais a partir da empresa Saneamento de Goiás S/A – Saneago.
O presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, e o presidente da Saneago, José Taveira Rocha – ex-secretário estadual da Fazenda de Goiás -, foram presos nesta quarta-feira, 24.
Segundo o procurador da República Mário Lúcio Avelar, há indícios de que recursos públicos foram transferidos para o diretório do PSDB, para pagar dívida da campanha eleitoral e parte era distribuída entre agentes públicos e empreiteiras.
Entre R$ 400 mil e R$ 500 mil supostamente repassados à campanha de Perillo teriam sido destinados a uma empresa de publicidade.
A Decantação aponta que Afrêni teria negociado R$ 1 milhão em doação para o PSDB Goiás com a JC Gontijo – investigada no Mensalão do DEM. A JC Gontijo tem contratos com a Saneago.
“É o mesmo sistema, guardadas as proporções, da Lava Jato”, atesta o procurador.
A Saneago é uma sociedade de economia mista que atende 225 municípios goianos. A Odebrecht Ambiental possui um contrato com a estatal para investimentos e operação do sistema de esgoto em quatro municípios – Aparecida de Goiânia, Jataí, Trindade e Rio Verde.
Segundo o procurador, a Decantação mira em dois contratos de R$ 1 bilhão. “Esse contrato de transferência são obras que começaram em 2007 e até hoje não estão concluídas.”
Mário Lúcio Avelar afirma que a investigação começou em meados de 2015 com uma denúncia de fraude em licitação para aquisição de três bombas para água em Corumbá.
De acordo com o procurador, a empresa que venceu a licitação cobrou R$ 19 milhões no contrato.
“A concorrente fornecia as bombas conforme especificação do edital por R$ 9 milhões, metade do preço”, explica. “Chamou a atenção. Passamos a observar que não era uma ação isolada. Era uma ação concertada das diversas diretorias e presidência da estatal.”

COM A PALAVRA, O GOVERNO MARCONI PERILLO
A reportagem tentou contato com o Governo de Goiás, mas ninguém atendeu nos telefones fixos que constam na página do Executivo na internet. O espaço está aberto para manifestação do governo Marconi Perillo.
Mais cedo, em nota, o Governo de Goiás afirmou acreditar na idoneidade dos dirigentes da Saneago.
“O Governo de Goiás apoia as investigações em curso na Polícia Federal e no Ministério Público Federal e está inteiramente à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.
Os procedimentos licitatórios realizados pelos órgãos, autarquias e empresas da administração estadual são pautados pela legalidade e pela transparência.
O Governo de Goiás acredita na idoneidade dos diretores e superintendentes da Saneago (Saneamento de Goiás S.A.) e tem a plena certeza de que os fatos apresentados serão plenamente esclarecidos”.
*Gabinete de Imprensa da Governadoria”





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