SEG, 10/10/2016 - 12:49
ATUALIZADO EM 10/10/2016 - 13:26
Jornal GGN - Após anos focando no PT de Lula e Dilma Rousseff, a Lava Jato decidiu convocar novamente algumas empreiteiras para fazer aditamentos aos acordos de delações premiadas, com o objetivo de conseguir mais informações sobre o relato de pagamento de propina em obras executadas em São Paulo sob Geraldo Alckmin e José Serra e, em Minas Gerais, com Aécio Neves governador. Os três membros do PSDB são candidatos virtuais À presidência da República em 2018.
Segundo informações da jornalista Vera Magalhães (Estadão), as empresas Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão devem admitir repasses a agentes que trabalharam nas gestões dos três tucanos, com medo de perder o acordo de delação premiada já firmado com a Lava Jato. Esse "recall" é desdobramento principalmente da delação de Sergio Machado, que teria citado os tucanos.
De acordo com a colunitas, a Camargo Corrêa vai relatar pagamento ao PSDB de São Paulo por intermédio do ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto. "A empresa irá reconhecer cartel, fraude e superfaturamento nas obras do Rodoanel e do metrô de 2007 a 2014, nos governos José Serra e Geraldo Alckmin."
A Cidade Administrativa, uma das principais ostentações de Aécio em Minas, será alvo da Andrade Gutierrez, que deve assumir pagamento de propina a Oswaldo Borges da Costa Filho, o Oswaldinho, ligado ao senador.
Há ainda a informação de que obras de governos petistas também estão na mira.
"A Andrade dirá que pagou propina pela obra da usina de Santo Antonio ao ex-ministro Ricardo Berzoini, que já foi citado em colaborações de ex-diretores da empresa."
Além disso, "um dos acionistas da Camargo Corrêa, Luiz Nascimento, deve confirmar aos procuradores de Curitiba que pagou pessoalmente R$ 350 mil a Machado, ex-presidente da Transpetro, por contratos do Estaleiro Atlântico Sul."A Queiroz Galvão, sócia no estaleiro, também pagou a Machado, dizem procuradores.
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