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A
tentativa de instaurar, mediante um golpe, um governo que pretendia recuperar a
unidade nacional, retomar o crescimento econômico e resgatar a confiança,
fracassou estrepitosamente. Não ha ninguém mais que aposte no seu sucesso.
Nenhum
índice econômico positivo pode ser apresentado pelo governo, os anúncios
ilusórios de melhoria econômica agora são projetados para o segundo semestre de
2017, sem nenhum indicio que tenha base na realidade. O ajuste fiscal leva o
pais da recessão à depressão econômica, com níveis alarmantes de retração,
produzindo a pior crise social, desde o final do governo FHC.
Politicamente,
depois da queda de 6 ministros em 6 meses, a delação da Odebrecht promete ser
devastadora, chegando ao próprio presidente. Este, ficha suja, com riscos de
acusações diretas com essas delações, tem na linha de sucessão o presidente do
Senado, réu por acusações de corrupção.
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governos estaduais estão em estado de calamidade publica, com salários
atrasados e poucas possibilidades de pagar o 13. salario. O governo empurra o
ajuste fiscal goela abaixo dos estados e dos municípios, generalizando o caos
econômico e ingovernabilidade.
O
presidente instalado pelo golpe não goza mais de nenhum prestígio e
credibilidade. A mídia não o poupa mais em nada. Os políticos não acreditam
nele, sua imagem internacional é pavorosa. Sua incapacidade para governar
tornou-se patente. Seu governo contem, por enquanto, 15 dos seus membros
envolvidos na Lava Jato.
A
operação de eventual substituição de Temer por um presidente designado pelo
Congresso encontra, entre outros obstáculos, aquele corretamente observador por
FHC: como um Congresso com mais de 200 parlamentares acusados de corrupção,
pode indicar o presidente do Brasil. Alem de que a operação de fritura de Temer
traria fraturas no bloco golpista e riscos graves na sua implementação.
Por
outro lado, a operação de tentar inviabilizar eleitoralmente o Lula, se esvai
estrepitosamente, com mais de 11 testemunhas de acusação absolvendo-o,
desembocando assim num anti-clímax a opera bufa montada em Curitiba.
O
pais está mais do que preparado para recuperar o direito do povo de eleger
democraticamente quem deve dirigi-lo. A adesão de FHC completa o arco de
reconhecimento de que somente um governo legitimado pelo apoio popular pode
enfrentar a crise e supera-la.
Se
esgotaram as possibilidades de solução da crise por cima, mediante manobras
golpistas, engendradas pela mídia, com o silencio cúmplice do STF. O governo
Temer termina pateticamente, sem cumprir nenhuma das suas promessas. A mídia se
distancia cada vez mais dele. A base parlamentar desse governo sofrera' golpes
devastadores com a as delações premiadas da Odebrecht.
O
pais está pronto para recuperar o direito do povo, mediante eleições diretas,
de eleger seus governantes. E' a única atitude que o Congresso pode tomar, se
não quiser naufragar conjuntamente com o governo e, ele também, ser renovado
por novas eleições parlamentares já.
Só
um governo com legitimidade democrática outorgada pelo povo, pode enfrentar a
crise e dar-lhe uma solução que, ao mesmo tempo que supera a recessão, o faça
com fortalecimento dos mecanismos de distribuição de renda e resgate da
capacidade de investimento e de abertura generalizada de crétido da parte do
governo. O Brasil está pronto para voltar a trilhar o caminho da democracia.
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