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Na Hungria, um novo partido nazi quer entrar no Parlamento

Com uma mensagem explicitamente racista, um novo movimento ocupa o espaço que o Jobbik deixou vago na extrema-direita húngara.

REUTERS



Centenas de militantes da extrema-direita húngara juntaram-se este sábado em Vecses, um subúrbio em Budapeste, para o lançamento de um novo partido político que, esperam, possa concorrer às eleições legislativas de 2018. O comício, sob o lema "o desenrolar da bandeira da extrema-direita”, foi organizado por três grupos abertamente racistas.

O principal partido da oposição húngara, o Jobikk, tem migrado para o centro político, distanciando-se das suas raízes de extrema-direita e, por outro lado, abrindo espaço para que cresçam novos movimentos extremistas.

Ainda que a participação no comício de Vecses tenha sido reduzida, as palavras dos líderes dos grupos conseguiram alcançar uma audiência mais vasta na Hungria através da comunicação social, nota a Reuters. O próximo passo, dizem, é concorrer à eleições legislativas.

O movimento, que será conhecido por Força e Determinação, é presumivelmente o mais extremista a tentar a entrada no Parlamento húngaro desde a queda do comunismo, recorrendo a linguagem racista e opondo-se à imigração e à democracia liberal.

Um dos líderes do movimento, Balazs Laszlo, disse ao público presente (constituído maioritariamente por homens tatuados e vestidos de negro) que a Europa revela uma tolerância perigosa face ao que considera ser o perigo das minorias e à entrada de milhões de pessoas no continente. “Dezenas de milhares estão a juntar-se aos árabes, aos africanos e aos ciganos e não eles mostrarão qualquer tolerância assim que se apercebam do poder que lhes é concedido pela sua importância demográfica”, disse Laszlo. “A nossa comunidade étnica tem de estar em primeiro lugar… não há igualdade”, concluiu.

Outro dos líderes do movimento, Zsolt Tyirityan, declarou-se "racialmente consciente" e afimou e que estava “orgulhoso de ser um europeu branco”. “E tenho o direito de o defender”, acrescentou, alundindo ainda ao conceito hitleriano deLebensraum (espaço vital, em alemão).

“Declaramos a guerra ao liberalismo. São os nossos maiores inimigos e faremos tudo para destruir os seus ideais. Estas pessoas perdem a sua nacionalidade, a sua consciência racial e, em breve, a sua identidade sexual. Tais pessoas devem ser forçadas a sair do espaço em que vivemos”, concluiu Zsolt Tyirityan. Assim que acabou de falar, um apoiante do movimento aproximou-se dele pedindo-lhe que assinasse uma cópia do livroMein Kampf, de Adolf Hitler. 

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